Psicologia do fim de relacionamento.
Depois da última chance, aquela
mulher, havia perdido a conta de quantas outras oportunidades havia dado para aquela relação. Embora esgotada
existia um soluço de esperança adormecido dento dela. A sua fala tinha uma
máscara de lucidez, porém, nos bastidores de suas emoções ardia o desejo insano
de não querer acreditar no óbvio.
Eram muitas vozes a afirmar a
mesma coisa para ela:
- Você não merece passar
por isso!
Dessa vez, parecia haver
chegado no seu limite. Depois de tantas tentativas ela se decepcionou mais uma
vez, ou seja, não mais havia como continuar com aquele homem.
Ela tinha dito a
si mesma:
-Chega! Não aguento mais.
Apesar de tudo ela
sentia que precisava ainda ter uma “última conversa” com o parceiro. A sua fala
era até certo ponto pertinente, isto é, parecia que era preciso fechar a
situação para não deixar nada em “aberto.” De repente, ela se lembrou de ter
lido tal conselho, talvez em uma dessas revistas de atualidade feminina.
Na verdade ela dizia
para si mesmo:
Na verdade aquela mulher
não queria uma conversa para entender o motivo de mais uma decepção, tão
somente, precisava de mais uma oportunidade para reacender a chama da
esperança. Na antessala de suas emoções a expectativa de mudar o outro
confiscou sua dignidade emocional. Numa orfandade de autorrespeito ela ofuscava
sua percepção e patrocinava o autoengano.
Finalmente, a última
conversa tinha virado uma obsessão, talvez a fixação nessa situação serviria
apenas para ouvir o que tanto queria e temia do seu ex:
-Me dá mais um chance!
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