Psicologia do Quadro.
Não era o dia certo para tentar arrumar o que não tinha feito durante meses, assim aquele dia tal quadro olhou pra mim e gritou silenciosamente: - Me coloque na parede! Então, mesmo sendo fim de tarde, num sábado chuvoso, pensei: Ah! Na falta de um programa melhor vou dar um jeito nessa situação e colocar ele na parede.
Então, logo lembrei que uma furadeira seria necessária, portanto revirei minhas coisas e descobri que ela não estava no lugar que deveria estar, aí pensei: -Vou arrumar uma com um amigo. Quando liguei pra ele, ele me deu a seguinte noticia:
-A minha está estragada.
Estava lascado, eu tinha que ter uma furadeira! Epa! Como assim? Será? Minha mente deu uma guinada e pensei o seguinte: Não preciso da furadeira, ou seja, na verdade preciso de um buraco na parede. Quase desisti de pendurar o quadro por achar que precisava da furadeira, na verdade eu precisava apenas de um furinho. Por vezes, achamos que a forma de chegar a um objetivo é só do jeito convencional, ou seja, da forma que todos sempre fizeram. É muito comum acreditarmos que nos falta meios, quando na verdade o resultado pode vir de formas criativas e não convencionais.
O jeito foi usar um prego e um martelo improvisado, no final o resultado foi o mesmo. O furo estava lá, pronto para receber o quadro, embora diferente do que recomendava a maneira tradicional. O quadro foi para a parede depois de muito tempo no chão.
E o que isso tem a ver com a psicologia?
De fato, algumas pessoas entram no meu consultório reclamando que não tem furadeira, isto é, não tenho marido, não tenho diploma, não engravidei, não fui promovido, não consegui fazer a cirurgia plástica. A pessoa na verdade não quer uma furadeira, ela quer apenas o resultado que a furadeira pode oferecer, às vezes, encontramos desculpas de não termos a furadeira mais moderna. Queremos na verdade só o furo na parede, o essencial acaba sendo subestimado.
A mulher não quer a cirurgia plástica, que apenas sentir-se valorizada pelo marido e sair da invisibilidade emocional; a pessoa que não tem uma relacionamento ou casamento, na verdade, , não quer apenas um par de alianças, tão somente quer uma segurança emocional que o outro jamais vai dar.
Assim, diariamente, encontro pessoas que tem “paredes pálidas”, quadros desperdiçados atrás das portas, em busca de furadeiras. Porém, na verdade, falta o óbvio, isto é, o pequeno furo. A autorrealização faz você entender que para ser feliz é uma decisão intransferível e inegociável, quando a atitude conduzir suas ações, logo o furo acontece à revelia da furadeira.
A vontade é a melhor forma de decorar as paredes de sua alma.
A furadeira é apenas a forma moderna de fazer o que os antepassados sempre fizeram, ou seja, contentarem-se com seus recursos atuais para atingir a felicidade. Afinal, quando você decidir ser feliz por conta própria pouco importa o que está por detrás do quadro na parede, um prego, uma cola, um arame, um parafuso.
O que importa mesmo é a paisagem mental proporcionada pelo quadro de suas emoções, por exemplo, sem precisar conter o júbilo de emoldurar sua vida com atitude simples e singela.
O que importa mesmo é a paisagem mental proporcionada pelo quadro de suas emoções, por exemplo, sem precisar conter o júbilo de emoldurar sua vida com atitude simples e singela.
Marcos Bersam
Psicólogo.
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