quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Incoerência !

Acreditar, falar e agir.

Escolha uma pessoa mais próxima de você, na ausência dessa opção volte o olhar para sua vida atual ou passada; assim procure observar que os momentos mais difíceis do “outro” ou mesmo de sua vida, em parte, foi acompanhado por uma negligência entre o que você diz, fala e executa. A estrada da facilidade, de fato, é larga; assim você vai levando a vida como já dizia a música: Deixa a vida me levar, vida leva eu!

A saúde emocional pressupõe que você seja coerente e não crie abismos entre suas crenças, valores, sonhos, pensamentos e ações. Algumas vezes, imagina ser possível enganar o “outro”, por exemplo, escondendo do olhar externo as trapaças que, você,  faz com si mesmo. É recorrente  ouvir que fulano consegue esconder suas trapaças e mentiras, no entanto, a pessoa que convive mais com ela sabe, sem precisar ter visto que ela não mudou. 

Deliberadamente, cresce o número de pessoas que acreditam poder esconder do outro, o que sua consciência já sabe. A consciência culposa consegue enviar sinais subliminares, de alguma forma, para ser desmascarada. Existe uma crença de que para saber precisamos ver, o “outro” percebe além dos sentidos tradicionais que a pessoa não inspira confiança. A trapaça pessoal e o autoengano acendem um letreiro luminoso na aura do indivíduo, sem encontrar explicações lógicas e racionais a vida teima em patinar na ladeira da angústia.

O autoconhecimento acaba dispensando a energia gasta com as desculpas, mentiras e incoerências. O exercício de alinhar o que você diz com aquilo que você acredita e faz é consequência inevitável de perceber que a trapaça externa só existe quando você já mentiu pra si mesmo. O crescimento pessoal implica em reconhecer que é impossível ter êxito na trapaça de sua consciência, isenta-se das  manifestações externas forjadas pela representação teatral, com isso, claro você recobra forças para preocupar-se com a honestidade pessoal.  

Por fim, acostumar-se com a incoerência empurra o indivíduo do palco da representação e encenação social, mais cedo ou tarde, para os infortúnios mentais, logo não deve causar surpresa se sua angústia é emoldurada pela distância , cada vez maior, do que ,você,  pensa, diz e age.

Marcos Bersam

Psicólogo

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