Acreditar, falar e agir.
Escolha uma pessoa mais próxima
de você, na ausência dessa opção volte o olhar para sua vida atual ou passada;
assim procure observar que os momentos mais difíceis do “outro” ou mesmo de sua
vida, em parte, foi acompanhado por uma negligência entre o que você diz, fala e
executa. A estrada da facilidade, de fato, é larga; assim você vai levando a vida
como já dizia a música: Deixa a vida me levar, vida leva eu!
A saúde emocional pressupõe que
você seja coerente e não crie abismos entre suas crenças, valores, sonhos,
pensamentos e ações. Algumas vezes, imagina ser possível enganar o “outro”, por
exemplo, escondendo do olhar externo as trapaças que, você, faz com si mesmo. É recorrente ouvir que fulano consegue esconder suas
trapaças e mentiras, no entanto, a pessoa que convive mais com ela sabe, sem
precisar ter visto que ela não mudou.
Deliberadamente, cresce o número de
pessoas que acreditam poder esconder do outro, o que sua consciência já sabe. A
consciência culposa consegue enviar sinais subliminares, de alguma forma, para
ser desmascarada. Existe uma crença de que para saber precisamos ver, o “outro”
percebe além dos sentidos tradicionais que a pessoa não inspira confiança. A
trapaça pessoal e o autoengano acendem um letreiro luminoso na aura do
indivíduo, sem encontrar explicações lógicas e racionais a vida teima em
patinar na ladeira da angústia.
O autoconhecimento acaba
dispensando a energia gasta com as desculpas, mentiras e incoerências. O exercício
de alinhar o que você diz com aquilo que você acredita e faz é consequência
inevitável de perceber que a trapaça externa só existe quando você já mentiu
pra si mesmo. O crescimento pessoal implica em reconhecer que é impossível ter
êxito na trapaça de sua consciência, isenta-se das manifestações externas forjadas pela
representação teatral, com isso, claro você recobra forças para preocupar-se
com a honestidade pessoal.
Por fim,
acostumar-se com a incoerência empurra o indivíduo do palco da representação e
encenação social, mais cedo ou tarde, para os infortúnios mentais, logo não
deve causar surpresa se sua angústia é emoldurada pela distância , cada vez
maior, do que ,você, pensa, diz e age.
Marcos Bersam
Psicólogo
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