terça-feira, 26 de julho de 2016

MANIA DE SEDUZIR

VICIADOS EM SEDUZIR
Traços simétricos, pele bronzeada, sorriso farto, músculos delineados, decote provocante, silhueta adornada com apetrechos da moda, assim, não tinha como deixar de notar tal pessoa. De algum modo parecia que ela tinha decorado a cartilha da sedução. Assim sendo, você ficou encabulado e fascinado com tanta desenvoltura nas ações de uma pessoa que parecia ter saído de uma cena hollywoodiana.

A intensidade das emoções, num misto, de dramaticidade, inclusive com uma pressa e disponibilidade de acelerar a intimidade, com o outro, faziam dessa pessoa uma incógnita apaixonante. No início você apostou todas as fichas que era a pessoa de sua vida, pois depois de tanto tempo de experiência na vida, não podia estar enganado; entretanto, depois de assumir a relação o tédio fez acampamento na antessala de sua rotina.

A vida sexual não aproximava, nem um pouco, de tudo que você imaginou. De fato, sua expectativa foi frustrada sem cerimônia, às vezes, chegava a resvalar na dúvida se não era você o problema. A expressão “biscoito de polvilho”, isto é; só faz barulho, logo seria adequada para aquela pessoa, caso não tivesse a expressão “amor histriônico”, isto é, o conteúdo não correspondia embalagem sedutora e convidativa. Algumas pessoas são famintas do olhar de desejo do outro, a arte de provocar é insana.

O jogo de sedução é o que traz contentamento, a realidade é adiada em nome do feitiço de olhares sedentos de desejo. Então; ver, sem tocar; desejar, sem possuir; olhar, sem tocar; despertar e não corresponder. O fascínio fica em evidência enquanto a realidade ficar de fora do jogo de sedução, quando a conquista e a realidade entram pela porta da frente, em tese, o encanto sai pelas portas do fundo.

Psicólogo.

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