terça-feira, 31 de maio de 2016

FIM DE RELACIONAMENTO

                QUANDO O MOTIVO É A DIFERENÇA.     


Ela sempre gostou de dançar e malhar, ele no máximo movimentava os olhos ao ler o jornal matinal. Ele gostava de ler até bula de remédio, o último livro dela foi o pequeno príncipe no colegial. Ele, no máximo, frequentava a sauna do clube com seu cunhado, após o carteado. Ela, sempre extrovertida, não tinha dificuldade de fazer amizades. 

A diferença daquele casal sempre foi gritante, porém, no início um compensava no outro suas faltas. No entanto, a diferença que unia no início, também passava a ser a mesma que, atualmente, incomodava. 

O esfriamento da paixão, com a frustração pessoal de cada um, projetou no “outro” a vontade fantasiosa de mudar o parceiro. Enfim, o motivo alegado, por ambos, para a separação, ora, é que são diferentes demais, assim, quase sempre, as diferenças de hoje são as mesmas de ontem. 

Quando o outro é muito diferente de nós, temos basicamente dois caminhos: invejar ou admirar. Quando não reconhecemos isso, podemos achar que odiamos o outro, quando a intolerância com o “jeito de ser” do outro nos incomoda, em tese, pode ser apenas a frustração e raiva projetada para “fora” de nós, pois a maior das intolerâncias advém da decepção culposa, de você, não ter se auto aceitado.


marcos bersam
psicólogo
www.marcosbersam.com.br
whats: 32 98839-6808

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