quinta-feira, 21 de abril de 2016

QUERO SER DIFERENTE

NÃO ATRAVESSE A RUA SOZINHO

Durante um tempo vai ser útil, tal como uma roupa, por exemplo, o conselho quando você era pequeno para não conversar com estranhos e nem atravessar a rua sozinha era necessário para sua segurança. A verdade é que em nome do amor e do zelo tais recomendações eram pertinentes e coerentes. Todavia, com o passar do tempo você precisará abandonar tais “verdades”. A vida exige que você passe para o “outro lado” da rua sozinho e que estranhos tenham chance de tornarem-se pessoas íntimas. 

O pretexto da segurança e do medo fazem muitos ficarem ainda com crenças e verdades que estão desbotadas pelo tempo, sem sintonia com as necessidades atuais. A psicologia nomeia isso de crenças limitantes. A maior dificuldade para mudar, de fato, é abandonar as crenças de que não são mais necessárias. Porém, costumamos sentir culpa de contrariar os que no ensinaram as verdades do passado-família. É natural o outro continuar achando que ainda não somos capazes de arriscar a travessia da alameda existencial sozinhos. O “amor” costuma justificar a manutenção de crenças que nos aprisionam, ou seja, nos impedem de crescer. Aí, temos aquelas expressões: Ah! Você não vive sem mim; Não sou capaz; A vida e perigosa; A família acabou! Homem é tudo igual! Tenho dedo pobre para relação! 

Finalmente, as grandes crenças e mais arraigadas não são recebidas em nossa mente através dos ouvidos, os olhos são os responsáveis para moldar nossa forma de ver o mundo. O exemplo é maior responsável pelo alicerce do que você acredita. O olhar é o maior pedagogo emocional.


marcos bersam
psicólogo clínico

Nenhum comentário:

Postar um comentário