quarta-feira, 4 de novembro de 2015

CRISE NO CASAMENTO

Paladar afetivo

Amor sem medo.
Relação agridoce.

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A bem da verdade você não sabe cozinhar, todavia, sabe reconhecer quando um paladar está agridoce, ou seja, quando o sabor não é amargo; nem doce. Então , na fronteira entre o vinagre e o açúcar,em tese,eis ser possível discernir, conscientemente, o que as suas papilas gustativas já sabiam de antemão. O sabor pode conciliar coisas tão diversas no mesmo prato, sem macular seu apetite.

A relação afetiva tem um pouco disso, pois sabemos que o paladar emocional de cada um dos amantes percebe o sabor da relação de uma forma única. Tal como o sommelier experiente é capaz de apontar a safra original do vinho, sem titubear. Assim sendo,numa relação afetiva,o medo apresenta como o ingrediente amargo,sobretudo, quando existe uma crença de que sem adrenalina não tem graça a relação. Algumas pessoas são atraídas por aquela avalanche hormonal para acreditarem estar sendo amadas, não habituaram com o equilíbrio.

O medo é essa emoção primitiva que nos ajudou a chegarmos até aqu,pois sem ele seríamos suicidas em potencial. Porém,essa mesma emoção nos confunde quando o assunto é relacionamento. É tão verdade que, algumas pessoas precisam e são viciadas em emoções fortes para continuarem tendo sentido na vida, assim experimente consultar seu corpo quando voce pular de bungee jumping,ou até uma simples volta de “montanha russa”. Seu corpo será inundado de reações fisiológicas e hormonais –taquicardia; sudorese; frio no estomago. Algumas pessoas optam por outro “divertimento”, então buscam relações que proporcionem o mesmo desafio e risco. O que conta é o carimbo da adrenalina nas condutas ousadas. O medo justifica a continuidade do relacionamento.

Portanto, a mesma descarga energética sofrida pelo corpo diante do medo é idêntica a que acontece quando você e visitado pelo prazer de ter um noite de amor; ora, o prazer e o medo parecem vizinhos do mesmo condomínio emocional. As reações químicas e hormonais são as mesmas, o coração dispara; pupilas dilatadas; o suor frio; o corpo fica mole; os músculos entram em colapso. O medo ocasionado por aventuras arriscadas, que desafiam o perigo promovem reações fisiológicas; por exemplo, ao andar de montanha russa- taquicardia; sudorese; respiração ofegante; frio no estômago guardam uma semelhança incrível com o prazer também. Uma noite de amor intensa e plena, claro, convida seu corpo a reagir de maneira muito semelhante – pupilas dilatadas; taquicardia; mãos geladas; sudorese. Na falta de prazer e amor algumas pessoas contentam-se com o medo. 

Nessa oscilação entre aromas e texturas no campo afetivo, faz o sujeito não mais confiar no seu paladar emocional. Nesse ínterim, você torna-se refém do cardápio emocional, não consegue impor sua vontade e acaba negociando o que seu paladar não mais reconhece. Enfim, quando o medo adentra na relação,você, não tem mais condições de equilibrar o sabor agridoce. 

O medo acaba levando o sabor , medianamente agridoce, ser alçado a um novo patamar. A estranheza ,em você, faz você acreditar que a fronteira entre o amargo e o estragado deva ser tolerada. 

Finalmente, sua vontade e apetite acostumam-se com sabor azedo, enquanto espera que um dia, quem sabe, o gosto adocicado da relação retorne. Enquanto isso , você fica saudosista e amargurado de quando era possível usar o amargo como ingrediente para o banquete relacional de outrora, com o inconfundível sabor agridoce.


marcos bersam
psicólogo
CRP 04-12182

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