quinta-feira, 29 de outubro de 2015

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

O PIOR DOS VÍCIOS.

Quando o “amor” vicia.

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Fortuitamente, escolha o vício que mais lhe atormenta e impacta; por exemplo, o vício de comer doces; massas;  açúcares, como também,  jogos, sexo, compras e drogas de todo tipo. Ao passar em revista o panorama do comportamento e rotina do viciado, temos a seguinte certeza: - O fracasso em abandonar e renunciar o hábito destrutivo, aponta o colapso da vontade e asfixia do livre arbítrio.

Todo vício desertifica a vontade e o livre arbítrio, nesse cenário fica muito difícil eleger o mais cruel dos vícios, no entanto,cresce a constatação que a dependência emocional figura com um dos mais difíceis de serem abandonados e tratados.

Ou seja, a pessoa acha-se incapaz de abandonar uma relação, mesmo tendo consciência de que a mesma corrói os tecidos da alma, sem visibilidade para a família e amigos. Sobretudo, essa falta de sinais externos, amordaça o "grito de socorro” pela crença na "boa intenção" do outro em lhe ofertar "amor". O aspecto silencioso e emudecido da dependência emocional, em parte, gera uma atmosfera de consentimento masoquista. Por isso,  o medo de ser abandonado e não ser suficientemente capaz de gerir sua vida; avizinha-se  com certeza, dos piores cenários desoladores impostos pela lógica do vício. Assim, sem escandalizar a sociedade, você, fica agasalhado na pseudo segurança da relação,  torna-se refém e testemunha de uma violência justificada e incentivada.

O amor é a justificativa para adiar uma atitude de rompimento, então,  sob o jugo da autopiedade e do verniz do amor, a pessoa acredita que sofre e precisa patrocinar com a esperança amedrontada da solidão as seguinte crenças : " ele faz isso por me amar", " é apenas uma fase", "não vivo sem ele". 

A dependência emocional é o pior dos vícios; escraviza patrocinado pelo amor, impede o crescimento e, por último,   mata a pessoa ainda em vida, transforma o indivíduo em uma sombra existencial e sequestra a subjetividade característica do indivíduo. A certeza de ser incapaz de cuidar de si mesmo, faz reviver a dinamica de desamparo da infancia, eis que numa amenesia imposta pelo medo a pessoa acredita ser uma criança a beira do perigo. De resto, na tentativa de gerenciar a angústia que pulsa no íntimo,  eleger um relacionamento e a tentativa última de não sofrer a síndrome de abstinência do medo de não ser amado, porquanto faz a pessoa  automedicar-se com  pessoas, que são venenos em frascos de remédio.


Marcos Bersam

psicólogo

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