sexta-feira, 17 de julho de 2015

A ARTE DE DESISTIR.

DESISTIR SEM CULPA.

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Aprende-se desde pequeno que desistir é sinônimo de fraqueza e covardia, então, mesmo atropelando seus limites você vai aumentando as doses de sacrifício para atender a expectativas que, às vezes, não são suas, mas; sim, do “ outro”.  Algumas pessoas, inclusive, pedem que você não desista dela ou do relacionamento. A ideia de que você deve passar por cima de sua dignidade e possibilidades gera em você a certeza de que fracassar é aceitar a desistência.  A maturidade pode ser o momento de conviver melhor com suas limitações, portanto aceitar que as circunstâncias, pessoas, relações não mudam apenas com o nosso querer e vontade, assim, libertar-se da culpa de que devia ter feito diferente, esforçando-se  mais, costuma aprisionar você na dúvida se fez a coisa “certa”.  Enfim, aprendemos que nosso Ego deve ser maior que deveria, ou seja, aprendemos que podemos mais do que de fato conseguimos, pois somos criados para enaltecer nosso orgulho, iluminar nossa vaidade. A grande questão do desistir é romper com o orgulho de ser aquilo que  se idealizou. Algumas pessoas querem ser reconhecidas como mártires, logo não desistir é a alameda  a ser percorrida. A insistência, a persistência podem ser molduras , por vezes, de um sadismo e de um jogo de sedução pelo viés da dor. Finalmente, o perseverar é importante na medida em que você não espera aplausos externos, contenta-se com  o silêncio interno de uma consciência tranquila. Por isso, quando  você não desiste para  retroalimentar  seu” sacrifício glorioso” misturado com seu orgulho, afinal, diante desse cenário é muito mais digno e saudável comunicar : EU DESISTO, SEM TER FRACASSADO.

Marcos Bersam

Psicólogo

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