sexta-feira, 26 de junho de 2015

PSICOLOGIA DA COCEIRA

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Sinceramente, não sei se os braços são curtos ou se as costas estão ficando cada vez mais largas, aliás, temos que considerar a perda da flexibilidade com o passar dos anos.  Enfim, não importa o motivo que faz você fracassar em coçar as próprias costas. A verdade é que só você sabe onde nasce a sua coceira que, teima em alojar-se no lugar mais recôndito da curvatura de sua lombar. A tentativa de levar os braços até o epicentro da coceira é apenas para não sentir-se tão incompetente, quando, de repente, você se curva a coceira voluntariosa que teima em gritar por dedos e unhas competentes. Nesse ínterim de inquietude da epiderme, resta a você pedir socorro ao “outro” para fazer o movimento de coçar que tanto necessita naquele momento. Embora, você norteie, aponte, explique, conduza e dê a coordenadas de onde está o incômodo, sem dúvida, o outro não tem a régua e a medida certa da intensidade e singularidade do movimento de resgate da paz de sua pele. Afinal, a coceira que tanto de incomoda tem digitais que a particularizam; sobretudo a maneira de friccionar sua pele é de sua inteira responsabilidade. Desta feita, alguns teimam em arranhar sem coçar, outros erram o lugar, tem aqueles que acertam; porém, não tem a cadência do movimento, outros não tem pedigree nas  unhas . Por fim, "o outro" sempre fracassa na missão impossível de coçar por nós; pois não corresponde jamais ao "jeito certo" de coçar como gostaríamos e idealizamos. A verdade é que  nossa coceira, ensina-nos a seguinte  lição: Devemos fazer por nós aquilo que esperamos que o outro faça, pois a maioria dos problemas de relacionamento está na expectativa exagerada que coloco no outro, aí , me resta à frustração e a cobrança que não tardam a chegar. Finalmente, pergunte-se sempre: Posso coçar por mim mesmo?


marcos bersam
psicólogo clínico

site: www.marcosbersam.com.br
e-mail: marcosbersam@gmail.com


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