quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

QUANDO A TV FAZ MAL?

PROGRAMAS DE TV.



Aleatoriamente, deixe sua intuição incursionar sua vontade, logo conduzir o controle remoto de sua tv para algum daqueles programas televisivos de auditório ou entrevista. Na diversidade dos assuntos da pauta, alicerçado na pseudo ideia de informar e melhorar a sua qualidade de vida, sempre, tem um especialista apontando algum perigo atestado e confirmado pela ciência recentemente. Então, na lista figura glúten, lactose, sol, sal, gorduras, limites, violência, regimes, relacionamento, filhos, educação, dietas, sedentarismo. Portanto, quando você assiste tem a nítida sensação de que nada sabe , absolutamente, nada; ou o que é pior, tudo que sabia está errado. A fronteira tênue e veloz entre o “certo” e o “errado” faz com que o sujeito fique ansioso, amedrontado e acuado. Então, a velocidade das descobertas gera a sensação de insegurança, de inércia que faz você sempre consumir a última ideia como se fosse algo salvacionista. Essa perspectiva agrada o capitalismo, para comprar e consumir as pessoas precisam adquirir crenças, ideias, medos, ansiedades. Nesse redemoinho de informações, claro, não importa o tempo que durem as certezas que vicejam nos programas de Tv, sabe-se apenas que são efêmeras e fugazes. Enfim, nesses programas, tem subliminarmente a ideia de que você precisa comprar, adquirir, contratar produtos ou serviços para obter mais segurança. A engrenagem midiática alimenta a indústria, a informação gera necessidade e a “boa intenção” dos apresentadores e entrevistados chancela e legitima a lógica do consumo.

marcos bersam
psicólogo

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