Lavoura das Emoções.
O solo árido e seco não está pronto para abrigar a semente
que germinará, assim, o homem do campo apesar da afeição com a terra, não
titubeia. Sabe que, para o solo estar apto a receber a semente da próxima safra
e colheita é importante sacrifício de ambos.
O solo, então, aceita compassivo o tratamento necessário, sobretudo, precisa
ser machucado, revirado, cortado e arado com todo ímpeto. Só assim, tais
manobras, com ferramentas cortantes, afiadas e perfurantes, são capazes de
promover o solo a palco de glória. Aliás, tornar-se cúmplice de uma colheita exitosa,
quando anestesia a queixa justificada. Algumas
situações de nossa existência operam, de fato, do mesmo modo, no solo de nossas
emoções e pensamentos. Portanto, apesar do seu terreno mental estar sendo
revirado e sangrando pelo uso excessivo de ferramentas externas. Então, pode
ser o momento de aproveitar as fendas, cicatrizes e feridas abertas, inclusive,
para fertilizar, agasalhar e germinar a
semente da mudança, pois em solos machucados a lavoura promete.
MARCOS BERSAM
PSICÓLOGO CLÍNICO
Lindo!
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