quinta-feira, 6 de março de 2014

SIMPLES X FÁCIL

O SIMPLES É FÁCIL?

Definitivamente, por vezes, os fracassos e das dores do homem moderno; advém da crença de que o simples é fácil, por exemplo, e fácil ter uma casa, no entanto, construir um lar é tarefa hercúlea nos dias atuais. Simples é dizer não, porém, tem pessoas que passam uma vida inteira ensaiando e não conseguem. Simples começar uma relação, entretanto, nada fácil conservar, manter e rever os vícios da mesma. Nessa matemática da vida, o fácil só anda de mãos dadas com o futuro, o amanhã. Ver o ontem com a experiência do, agora, sempre é mais fácil. Mais fácil, ainda, é julgar o outro. No hoje, o fácil se apresenta vestido de difícil. Nessa confusão de conceitos, às vezes, vamos sendo derrotados pela nossa negligência emocional. O simples requer zelo, cuidado e muita dedicação, assim, torna- se complicado separar o simples da vigilância, da mesma forma que é impossível separar o vento da brisa, a estrela da luz, a raiz da terra, ou o amor da esperança, o remédio da doença. Nessa legião de desavisados, fazemos coro com nossa teimosia e vamos construindo relações complicadas, a despeito de nosso orgulho e prepotência. A ilusão de que o simples é fácil, logo nos joga no calabouço da desfaçatez, inclusive, negligenciando o esforço e promovendo a dor. A singeleza da vida, não condiciona a mesma; a facilidade, sobremaneira,  muito esforço pessoal para domar nossas paixões mais primitivas. Quando o simples encontra a boa vontade pela frente, as coisas ficam possíveis, todavia, nunca fáceis.

MARCOS BERSAM

PSICÓLOGO CLÍNICO

Nenhum comentário:

Postar um comentário