Quando a ajuda atrapalha.
Experimente pegar um casulo e facilitar o
nascimento de uma lagarta, ou seja, sabemos que ela – lagarta, precisa do tempo
para tornar-se borboleta. Acelerar o processo natural de maturação da larva,
pode comprometer para sempre a possibilidade de ela ter asas e ser uma
borboleta. De modo geral, o tempo estimado é de 01 ano. Então, quando , a
lagarta, sai facilmente do casulo não e bom, por conseguinte a dificuldade de
romper a membrana do casulo faz parte do processo maturacional. Assim, é
através do esforço, da dificuldade, que, o casulo contribui para a construção
final das asas. Por isso, podemos dizer, que antes de ganhar a liberdade; é
necessário exercitar a paciência, a perseverança, e o senso de
responsabilidade. A larva que é ajudada,
a revelia de seu tempo fica condenada a ter o corpo murcho, tornar-se um ser
preso ao solo, rastejando para sempre-baixa autoestima. Quando queremos ajudar
sem critério, fazemos o mesmo com as pessoas que mais amamos. Portanto, a nossa
ansiedade, às vezes, funciona como um bisturi rompendo o casulo do outro, só
que esquecemos que o casulo de cada pessoa é intransferível, sobretudo, sendo o
passaporte para a metamorfose esperada.
Por isso, a nossa ajuda pode comprometer para sempre o outro, em muitos
casos nossa vontade de ajudar não e pelo outro, mas, sim por nós mesmos.
Portanto, ajudar não e remover obstáculos, mas, sim, ajudar e entender que as
dificuldades não são punições, mas lições quase sempre mal compreendidas. A
verdadeira ajuda não tem o direito de confiscar do outro o seu esforço pessoal,
o livre arbítrio, vontade, disciplina e autoconhecimento. Definitivamente, só
podemos assegurar que alguém está apto a ajudar, quando submeter sua boa
intenção ao tempo do outro. Enfim, se após uma tentativa de ajuda, você sentiu
a ingratidão lhe visitar, por vezes, pode ser, que tenha desejado romper o
casulo por ele.
Marcos bersam
Psicólogo
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