terça-feira, 28 de janeiro de 2014

ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO!

MÁ COMPANHIA.

De uns tempos para cá; você sente que algo não vai bem na sua relação, ou seja, sempre você está tendo que dividir seu parceiro. Assim, tornou-se um ritual, as saídas, agora, ficam condicionadas a companhia de algum amigo e familiar. Desse modo, você já não sabe mais o que é sair só com seu marido ou esposa. Então, em nome da civilidade, você vai perdendo espaço nos momentos de intimidade. Quando não é a intromissão dos amigos e familiares, um dos parceiros coloca compulsoriamente, coisas do tipo: comida, shopping, trabalho, internet ou televisão. Quando a relação não está boa, as pessoas não tem mais aquele prazer de desfrutar a companhia uma da outra. Em vez de assumir a situação de crise, criam álibis socialmente aceitos-amizades, familiares. Então, quando não são os amigos, ainda, tem que disputar com os programas regados a muita comida. Quem beija de menos, come um pouco mais do que o necessário. Dessa forma, casais em crise, engordam juntos, pois, a comida virá analgésico para a relação. A comida vira um remendo, cujo objetivo é asfixiar qualquer tentativa de diálogo, namoro ou cumplicidade.  Como não tenho prazer na companhia do outro, uso a comida para compensar o tédio e monotonia que corrói a relação. Então, os beijos do início perdem espaço para as pizzas e pedaços suculentos de picanha; as mãos deslizam, não mais, sobre sua pele. Sobretudo, não hesitam em segurar com êxtase e voracidade os talheres.  Nesse frenesi, a comida justifica a falta de cumplicidade e de interesse na vida do outro, ora estou em silêncio por estar comendo. Nessa dinâmica, você, sente que foi preterida por tudo, logo se sente órfã de afeto. E se não bastasse, tem o “sms” a ser respondido, ou o e-mail de última hora. Enfim, a crise relacional, cria uma fenda abissal entre o casal. Finalmente, as companhias podem ser inocentes, prazerosas, inclusive, convivendo ao mesmo tempo com a inconveniência dos que nos amam.

MARCOS BERSAM

PSICÓLOGO

Nenhum comentário:

Postar um comentário