QUANTO VALE UM “DEVER"?
Sei que é arriscado o que
pretendo fazer, entretanto, vou me arriscar nessa seara. Numa época que é politicamente
correto falar em direitos, ou seja, todos sabem na ponta da língua defender os
seus, certo? No entanto, quando o assunto tangencia, deveres , não temos tanta
habilidade para falar e muito menos para honrar os mesmos. Quando pretendemos ensinar dever, torna-se
imprescindível deixar claro que “dever” não é um favor, não e sacrifício, não e
castigo, muito menos atalho para regalias, mimos, presentes. Quando alguém, os pais, prometem presentes
para o cumprimento do “dever”, no caso, estudar , podem estar entrando em
terreno movediço. Com isso, os responsáveis, estão falando o seguinte: - É normal você receber algo para cumprir o que deveria ser sua
obrigação, seu dever, sua responsabilidade!. Essa lógica titubeante, causa
uma frouxidão moral , o problema não e o ato de presentear, porém, confundir e
condicionar recompensa ao que deveria
ser obrigação. Infelizmente, temos crianças que exigem pagamentos para serem
bons filhos, exigem remuneração para tirarem boas notas, barganham no balcão consciencial da culpa aflitiva dos pais,
então, lucros e dividendos para seu ego é a forma de lidar com obrigações. Eles
se perderam nos referencias do que é direito, necessidade, urgente, prioridade, deveres, regalias e
privilégios. No rastro de pais confusos,
os filhos de hoje, perdem-se na rota de uma pedagogia equivocada.. Quem aprende
a cumprir deveres, sem pagamentos desde
pequeno , torna-se um pouco mais
imunizado quando o assunto é honradez, senso de justiça e caráter. Educar é tarefa complicada, muitas
vezes o objetivo dos pais é” formar “caráter dos filhos, porém, “de-formar” a personalidade é algo convidativo
nos tempos modernos.
MARCOS BERSAM
PSICÓLOGO
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