quinta-feira, 7 de abril de 2011

Somos Paranóicos?


Você não me engana! O que pode ter chamado a sua atenção para o meu artigo e site entre milhões na internet? Já vou lhe adiantando que você não terá nenhuma contribuição sólida para aumentar seu conhecimento universal. Então porque você persiste continuar lendo algo que de antemão estou lhe assegurando que nem meia dúzia de pessoas leram?. Acredito que se você leu até agora esse texto é porque você realmente não aceita conselhos e sugestões e sua teimosia também excede os parâmetros da normalidade. Pensei em escrever algo que tocasse nessa questão tão em voga nos dias atuais; a desconfiança do outro; não raramente ficamos com a seguinte dúvida: o que o outro quer de fato conosco? Traições; desconfianças; sabotagens e tudo mais sempre existiram, mas a sensação é que o perigo agora é mais real. É como a todo novo encontro você ficasse com um pé atrás; mas ao mesmo tempo somos movidos por algo muito primitivo em nós que diz :você não pode desistir! A voz arquetípica parece convidar você a libertar-se de suas amarras que encarceram você dentro do calabouço interno do medo e permitir arriscar uma relação saudável diferentemente das tantas decepcionantes vividas por você, e quem sabe valer à pena. E nessa epidemia de desconfiança e de paranóia que criei meu site propondo um trabalho sério de Psicologia online. Então meus amigos internautas por mais que eu tente mostrar que sou um bom moço, segundo minha mãe e vindo de uma boa família pouco adianta. Exibir meu currículo; fornecer minhas entrevistas a TV pouco adianta; o selo do conselho federal de Psicologia que da anuência a minha prática não surte efeito; nem mesmo o meu melhor ângulo da foto que tirei para o site ajudou. Depois que estou atendendo e o cliente já têm uma empatia comigo todos tem a coragem de confidenciar a mim: Olha no início tive muito medo de você não ser o Psicólogo que dizia ser. Parece que a única vantagem minha são meus modestos artigos; alguns clientes dizem: olha dei uma chance a você quando percebi que você não escrevia tão mal; mesmo com os renitentes erros de português. Então se você leu o artigo até aqui não vá se distrair com outra coisa faça o favor de ser minimamente educado e considerar o que tenho ainda pra dizer. E quem sabe convencer você de que eu sou quem realmente dizer que sou. Então a incredulidade paira no ar; em qualquer lugar que você vai parece que você está sempre a dizer mentira ou esconder fatos. Acredito que há leitores internautas que devam ter medo do meu site acreditando que esse negócio de atendimento virtual é uma cilada; talvez eles imaginem que sou um impostor ou um charlatão disfarçado de Psicólogo. E não tem como lembrar daquele pensamento: “ É difícil acreditar que o outro esteja a dizer a verdade quando sabemos que no lugar dele mentiríamos”. Num mundo onde o que vemos é cada vez mais sujeito a equívocos e decepções. O problema está aí, acreditamos demais no que vemos e não no que sentimos. E queremos provas que não existem e também buscamos meios de conhecer o outro que não inventaram. Você nunca vai saber quem realmente é outro sem permitir que o risco da decepção esteja presente. Que loucura, será que não tem outro jeito? Se você conhecer outro me avise!Lembro como se fosse hoje, quando o mágico me enganava nas festas infantis eu estava olhando e ele me iludindo e traindo minha percepção. Na verdade parece que nutrimos uma ambivalência com a sensação da traição e do engano; a decepção na verdade não tanto com o outro mas com nós mesmos. A visão é o que nos faz sofrer ou a cegueira que nos poupa da dor; vendo mesmo que não querendo enxergar. Dizem que o pior cego é o que não quer ver. Acredito que os olhos são os maiores responsáveis pelos nossos pioress equívocos e erros cometidos por nós. Existe aquela velha máxima “o que os olhos não vêem o coração não sente”; prefiro a que a que inventei: “o que o coração sente os olhos não precisam confirmar e muito menos ver ”. Agora tem uma coisa o que me garante que você que está lendo esse texto é quem eu presumo que seja; não tem como não lembrar de Drummond. “Fácil é ver o que queremos enxergar difícil é saber que nos iludimos com o queríamos ter visto” ; eu quero e desejo que você seja um leitor internauta interessado em Psicologia, mas o que me garante que você do outro lado não é um impostor?o que me garante que você não é uma pessoa com um QI exagerado que está a debochar do meu simplório raciocínio? ou seria você um membro do Conselho Federal de Psicologia a investigar a conduta ética de meu trabalho? Ou seria quem sabe um jornalista querendo fazer uma matéria sobre o atendimento online e publicar vários erros de português do meu texto? Um desafeto do passado quem sabe! ou seria um você um agente do Inmetro para testar a validade e segurança do meu site? Então sei que você cliente tem todo o direito de desconfiar; mas não também não deva deixar a esperança ir embora pra sempre. Na verdade temos algo em nós que desprezamos que é a intuição sabemos sem saber que às vezes não tem explicação, mas gostamos e acreditamos que aquilo nos inspira confiança. Eu também tenho essa premonição e algo me assegura que posso confiar. Nesse mundo onde a maioria quer tirar vantagens é interessante com as pessoas perderam a capacidade de receber e aceitar um voto de confiança. Alguns me dizem, mas você vai me atender e qual a garantia de que você terá de que eu irei te pagar? Eu digo nenhuma! E olha que não exijo nem mesmo uma promissória. Sei que alguns podem ficar ainda mais com desconfiados com essa conduta. Dizem que quando a esmola é demais o santo desconfia; mas deixo bem claro que não estou negociando com nenhum ser angelical; então você sabendo disso não precisa ficar arredio. Como assim? Você vai confiar em mim? E se eu não te pagar? Só que não trabalho com essa hipótese, na verdade não estou incentivando vocês me darem o cano; até porque costumo dizer que estou começando a vida agora. Mas cá pra nós o que um tombo aqui e outro ali; na verdade deixamos de ganhar monetariamente; mas temos o sabor da decepção e da frustração que com certeza acrescenta vivências. Então nessa paranóia do que e em quem confiar é importante que pra você merecer confiança é importante você dar o primeiro passo. Uma relação só tende a ser exitosa quando a boa vontade de acreditar que o outro esteja a dizer a verdade é predominante. Então na minha vida de Psicólogo acredito que estar com o outro é correr os riscos de todo encontro; de toda relação. Permitir que o outro tenha a chance de acertar; deixar o outro mostrar o que tem de melhor mesmo que entre percalços esperados. . Então fica a pergunta que não consigo calar: você que acabou de ler esse artigo é realmente quem acredito que deva ser? Enquanto temos as nossas duvidas de quem é quem que tal combinarmos que o medo e a desconfiança e a paranóia é algo que nos aproxima de nossas neuroses e que pode nos afastar de uma vez por todas da oportunidade de um encontro genuíno.

Dr.marcos bersam

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