sábado, 30 de abril de 2011

AS FEIAS DE ONTEM.


Olha amigos internautas quando me propus elaborar meu site; tinha várias dúvidas; mas tinha uma certeza queria fazer algo novo. Então uma coisa que sempre me incomodou em sites de Psicologia eram os famosos recortes; ou seja, artigos copiados e colados sobre os temas livrescos de Psicologia. Então você com certeza vai encontrar os temas esperados e monótonos como o que é ansiedade; depressão em muitos sites. E nesse desafio de escrever algo novo; e que pelo menos faça parte do cotidiano. Sempre me agradou a idéia de viver a Psicologia fora dos muros da universidade ou das páginas de enciclopédias do psiquismo que foram forjadas muitas vezes para serem “perfeitas”. Então de posse desse raciocínio; vale desde o comentário indigesto até a genialidade de Vinícius de Moraes; parafraseando ele: “as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Olha hoje está cada vez mais difícil uma mulher ser classificada de feia; pois não ser feia é algo que o cartão de crédito pode financiar e o bisturi retocar. Acredito que deixar de ser feia não significa se tornar bela. As feias de ontem continuam não sendo as belas de hoje. Se não me falha a memória foi Machado de Assis que disse: “Existe a mulher elegante e a mulher enfeitada”. E por falar em enfeites e adornos, acredito que podemos incluir aí silicones; próteses, lipos, cabelos e tudo mais. Quando Da Vinci; expoente do Renascimento pintou Monalisa; ele quis imortalizar o padrão de beleza de uma época. É verdade que de lá pra cá muitas coisas aconteceram; inclusive o pincel de Da Vinci, cede lugar ao bisturi do cirurgião plástico de última hora. A mulher que se propõe a deixar o estigma de feia recorre a formulas mágicas; lipo; e redimensionar os seios num frenesi de reverter o caminho inverso da gravidade. Então a pergunta que fica é: A feia de ontem conseguiu tornar-se a bela de hoje? Na verdade desse modo uma vez feia ela consegue apenas romper o estigma da feiúra insuportável e muito doída. Procure observar se você tem visto mulheres feias em shopings; lá é o lugar que menos se encontra esse tipo de mulher; agora duvido que você tenha visto mulheres belas e medianamente bonitas. Deixar de ser feia não permite você ter a chancela de bela. Eis a questão. Então a beleza da mulher moderna está fragmentada; pois colocar silicone hoje agrada pouco. Quando ela descobre que falta bumbum e depois vai notar as marcas de expressão na face; a famosas rugas. E depois as orelhas e o nariz começam a ficar pontudos. E aí haja mais cirurgia. E isso tudo não apazigua o ser humano; dentro do peito ainda há a sensação de ainda falta mais; talvez a beleza ainda não tenha dado as caras. E onde estará ela? Então algumas feias até conseguem abandonar esse predicado; mas não sabem o que impede de serem bonitas e lindas; na verdade o caminho passa pelas emoções. As mulheres de modo geral não preocupadas com a mente; emoções e sentimentos. A exterioridade dá lugar ao que não pode ser exibido. A fulana vai ao salão pintar o cabelo e fazer as unhas; mas está gorda e fora de forma. Come de maneira descontrolada e agressivamente sabota sua saúde. Eis a incoerência montada; a ex feia sofre de uma síndrome pouco conhecida; que chamo de síndrome da ex-feia; nessa fragmentação do corpo ela está imersa numa alienação de si mesma. Ela lida com o corpo com se o mesmo fosse uma máquina que precisa de raparos; tal como peças que estão em desarmonia. Só que somos seres integrais e necessitamos sim do corpo; mas somos seres que carecem de algo maior ; do transcendental; espiritualidade renovada; das emoções em harmonia; do zelo com os aspectos cognitivos. Algumas mulheres que colocaram silicone ou fizeram uma lipo não sabem ser sensuais e charmosas. O bisturi não opera a alma; não promove o glamour e muito menos alavanca a sensualidade. É redundante falar que a autoestima fica catatônica nesse cenário. Algumas clientes minhas ficam surpresas quando se dizem notadas. O comentário mais freqüente é: Não sei o que está acontecendo estão comigo, sinto que estou mais bonita; estou chamando a atenção de outras pessoas. Na verdade o fato da mulher estar em evidência se deve a uma espécie de aura multicolorida que emoldura a mulher de bem consigo mesmo. Outro dia passei em frente uma boate e havia uma fila de mulheres na porta que pareciam ser todas irmãs tamanha a semelhança. Cabelo escovado e pintado parece que pelo mesmo profissional, a maquiagem e as roupas muito semelhantes e sem não me falha a memória os seios tinham a mesma angulação e geometria. E aí fica a pergunta como se tornar bela num mundo de iguais; não sei se estou equivocado, mas o belo tem que fugir dos padrões; o que aproxima-se do comum torna-se entediante. Na verdade o clichê de hoje é: você pode deixar de ser feia! Subliminarmente entende-se que isso pode tangenciar o conceito de beleza. Isso é notado depois de longas e sucessivas e frustrantes excursões a cirurgiões plásticos. Olha quase sempre o motivo de empreender mudanças vem acompanhada de alguma dor; isto é; seja a falência do casamento; uma traição; ou a perda de algo ou alguém; o insucesso profissional; o abandono dos sonhos; a saída dos filhos de casa; a menopausa. Na verdade o impulso em fazer pelo corpo o que não se consegue fazer pelas emoções é quase sempre uma verdade. Somos pessoas afetadas por áreas que a principio não fazem interface umas com as outras; mas as habilidades emocionais; a empatia; a assertividade; a perspicácia; a inteligência; o bom humor; a criatividade são ferramentas que alavancam você ao patamar de alguém apaixonante . Então fortaleça seu desejo da mesma forma que cuida das suas unhas; dos seios ou da barriga. Sinta-se incomodada com a estagnação e o conformismo de sua vida do mesmo modo que uma celulite no seu bumbum. Então lute pela sua individualidade com o mesmo ímpeto que deseja a lipo; se afirme como sujeito com o mesmo ardor que freqüenta a sua academia e salão de beleza. E não tardará você não será conhecida como a feia de ontem; mas a mulher exuberante de hoje.
Abraços.
Dr.marcos bersam

Nenhum comentário:

Postar um comentário